Com travo de chá de menta [Oficina Performativa] | Shahd Wadi (PT/Palestina) e Bernardo Afonso (PT)
Com travo de chá de menta [Oficina Performativa] | Shahd Wadi (PT/Palestina) e Bernardo Afonso (PT)
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Descrição
M/12
Sinopse
Haverá ainda em nós um lugar para um poema palestiniano? Verso. Quando pensamos que não há lugar para a arte durante os momentos mais mortíferos na Palestina, e quando olhamos o poema como se fosse uma impossibilidade, o povo palestiniano aparece de baixo dos escombros, do lado das bombas e, apesar do exílio, para, contra o silêncio, ser um poema todos os dias. O poema-Palestina é o próprio cessar-fogo, é o intervalo entre o morrer e viver. O poema-Palestina nasce num espaço que reclama a vida a partir da sua impossibilidade. Este encontro é sobre essa impossibilidade. Neste workshop performativo, o público será também um poema. É um momento de escuta, partilha, leitura, escrita e de aconchego à volta do poema palestiniano.
Biografias
Shahd Wadi é palestiniana, entre outras possibilidades, mas a liberdade é sobretudo palestiniana. Exerce a sua liberdade no que faz, viajando entre escrita, performance, curadoria, investigação e tradução. A sua publicação mais recente é o livro de poesia Chuva de Jasmim (Caminho, 2025). Procurou as suas resistências ao escrever a primeira dissertação de doutoramento em Estudos Feministas do país, pela Universidade de Coimbra, que serviu de base ao livro Corpos na Trouxa: histórias-artísticas-de-vida de mulheres palestinianas no exílio (Almedina, 2017). Foi nomeada recentemente Escritora Universal Galega de 2025. Nas suas práticas artísticas aborda a ocupação israelita da Palestina e considera as artes um testemunho de vidas. Também da sua.
Bernardo Afonso é músico, compositor e engenheiro de som. Estudou música clássica e jazz na escola, gravação, mistura e masterização em casa. Já fez um pouco de tudo no áudio – álbuns, bandas sonoras, covers, podcasts, televisão, teatro, e carregou muitas caixas. Foi teclista da banda de rock alternativo Lotus Fever e trabalha no podcast de jornalismo de investigação Fumaça.
Ficha Artística
Concepção e Interpretação: Shahd Wadi e Bernardo Afonso
Música: Bernardo Afonso
Contribuição Visual: Carlota Lagido
Referências bibliográficas:
Darwish, Mahmoud (2002) O Jardim Adormecido e outros poemas, trad. Albano Martins, Porto: Campo das Letras.
Darwish, Mahmoud (2022) Poemas, Versões de Manuel Alberto Vieira, Porto: Flâneur.
Darwish, Najwan (2004) Um Garoto de Haifa Gira a Palavra e outros poemas palestinos, Barreiro: Urutau.
Guimarães, Regina (2023) As Pedras Têm Entranhas? Antologia de poemas palestinianas, Vila Meã: Contracapa.
Martins, Albano (2004) Pequena Antologia da Poesia Palestiniana Contemporânea, Lisboa: Edições Asa.
Wadi, Shahd (2025) Chuva de Jasmim, Lisboa: Caminho.
(2024) Se Eu Tiver de Morrer. Poesia de Resistência Palestiniana Séc. XXI, Ferreiras: Traça Editora.
Organizador
O Festival Eufémia procura responder à urgência de criar, em Lisboa, um projecto que acrescente visibilidade a iniciativas artísticas concebidas a partir de perspectivas de género - de carácter interseccional - e das complexidades que afectam os processos identitários e a inscrição individual e colectiva da memória no espaço das artes performativas.
O III Festival Eufémia - Género, Memória e Resistência em Cena acontece de 29 de Outubro a 8 de Novembro de 2025, na Biblioteca de Marvila e na Escola Secundária de Camões. Nesta terceira edição, reunimos projectos que dialogam com a ancestralidade, diáspora, luto e desconstrução de estereótipos, como #3 Musa Acuminata Cavendish, de Flávia Gusmão com as Batucadeiras Finka Pé, FRAGMENTOS, de Marisa Paulo, ou Pai Para Jantar, de Gaya de Medeiros. Outras propostas, como SerEstando Mulheres, de Ana Cristina Colla, e Penelopíada, de Susana Cecílio, revisitam mitos e tradições, questionando representações clássicas e reafirmando a multiplicidade de saberes inscritos nos corpos das mulheres. Artistas como Keli Freitas (Adicionar um Lugar Ausente), Poliana Tuchia (Mulher Enciclopédica) e Shadi Alaiek (Uma Carta Para a Minha Mãe) reinventam em cena memórias autobiográficas ao serviço de uma comprometida dimensão política que habilita a pensar o colectivo, transcendendo fronteiras geográficas e culturais. Há, ainda, a destacar a obra Mestiçagem Selvagem, de Samadi Valcarcel, uma reflexão singular sobre a identidade mestiça e a identidade boliviana. Esta foi a performance seleccionada, de entre cerca de 500 candidaturas, na open call realizada pelo Grupo Eufémias no âmbito do programa Iberescena. O último espectáculo do festival é Minha Primeira Vez, uma comédia erótica interactiva de Paolle Berklyn, do Brasil.
Para além dos espectáculos, a programação inclui exposições, formações e diálogos interdisciplinares que ampliam a dimensão política e pedagógica do festival. Destaca-se o laboratório intensivo de artes performativas conduzido por Ana Woolf e Ana Cristina Colla, que culmina numa apresentação em espaço público, assim como a oficina de poesia musicada orientada por Shahd Wadi e o jogo-performance de Laura Falésia e André Tecedeiro.
FICHA TÉCNICA
Conceito, Programação e Produção – Grupo Eufémias: Poliana Tuchia, Pepa Macua, Catarina Sobral, Elsa Maurício Childs, Mafalda Alexandre, Catarina Amaral
Coordenação Técnica: Gi Carvalho
Design Gráfico: Sofia Dias
Assessoria de Imprensa: Levina Valentim
Assistência de Produção: Linda Rosa Campos
Registo Audiovisual e Vídeo Promocional: Beth Freitas
Banda Sonora: Poliana Tuchia e Chaya Vazquez
Parcerias Institucionais: República Portuguesa - Cultura, Juventude e Desporto/Direcção-Geral das Artes, Câmara Municipal de Lisboa, IBERESCENA, INATEL/ICD
Parceria Media: Coffeepaste
Apoios: Biblioteca de Marvila, Escola Secundária de Camões, Pólo Cultural Gaivotas-Boavista
Agradecimentos: A Algures, A Corda, Mente de Cão
Local
Biblioteca Histórica, Escola Secundária de Camões, Praça José Fontana, 1050-129 Lisboa
FAQ
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