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Sinopse

Chega até nós a escrita dos homens, mas, para quem sabe abrir as malhas, chega-nos a inscrição das mulheres. A Penelopíada é uma obra que se tece e destece continuamente, percorrendo grandes mitos mas, desta vez, contados por animais, ilhas, fios, pedras, a partir de uma relação sensível com as coisas. As mãos de Penélope vão trabalhando as histórias e, como o seu manto, sabemos que nenhuma história pode ser verdadeiramente acabada.

CONTEXTO

Penelopíada, é o resultado de um processo de mais de um ano de criações, investigações, pesquisa e apresentações, formalizado num espectáculo de teatro narrativo inspirado nas materialidades dos elementos.

Tal como na Odisseia, onde Penélope tece e destece o seu manto para ganhar o tempo, assim acontece com este processo. A metodologia é, em si, um exercício de diálogo com a prática de Penélope: fazer e desfazer. Desmembrar, deixá-lo nu; sem amparo.

Apresentámos ao público esse esqueleto, fruto da investigação “Penélope, Helena e outras mulheres”. E de novo pegamos nos instrumentos destecidos e voltamos a criar pequenos quadros: os cinco cantos temáticos. Mostrá-los, para de novo os destecer. E, finalmente, com todos os fios, todas as cores e padrões escolhidos destecidos, tecer o pano final que será uma apresentação de uma cosmovisão feminista; uma costura poética da vida de Penélope, com todas as suas contradições.



Ficha Artística

Um espectáculo d’A ALGURES

DIRECÇÃO: Ana Cristina Colla

CONCEPÇÃO, CRIAÇÃO e INTERPRETAÇÃO: Susana Cecílio

TEXTO: Matilde Real

CENOGRAFIA E DESENHO DE LUZ: Eduardo Brasil

FIGURINO: Elisa Rossin e Sónia Santos

CRIAÇÃO MUSICAL: Malena Rampi

CAPTAÇÃO E GRAVAÇÃO DE ÁUDIO: Luciano Assumpção e Malena Rampi

VOZES OFF: Catarina Caetano, Claudia Andrade, Karen Debértolis, Rosa Souto Armas e Susana Cecílio

PRODUÇÃO: Ana Pinto

FOTOGRAFIAS e VÍDEOS: Beth Freitas

ESTUDOS CÉNICOS PARA A CRIAÇÃO: Catarina Caetano, Eduardo Brasil, Joana Egipto e Malena Rampi.

PLANEAMENTO DE COMUNICAÇÃO: Poliana Tuchia

Este espectáculo teve uma investigação prévia denominada “Penélope, Helena e outras mulheres” com a seguinte ficha artística:

DIRECÇÃO: Ana Cristina Colla | CONCEPÇÃO e CRIAÇÃO: Susana Cecílio | DRAMATURGIA: Matilde Real | ASSESSORIA PARA O ESTUDO DOS CLÁSSICOS, MARIONETAS E FORMAS ANIMADAS: Catarina Firmo | ASSESSORIA DE MANIPULAÇÃO DE OBJECTOS, APOIO À CRIAÇÃO e DESENHO DE LUZ: Eduardo Brasil | PRODUÇÃO: Ana Pinto | FOTOGRAFIAS e VÍDEOS: Beth Freitas

APOIOS: Alma d’Arame, Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, Ennes Business Center, IBERESCENA, Junta de Freguesia do Lumiar, LUME Teatro, Projecto Ruínas, República Portuguesa - Cultura | DGArtes - Direção Geral das Artes, Teatro Barracão.

Co-produção em residência: O Espaço do Tempo

Parceiros de comunicação: GERADOR, Coffeepaste



Biografia

Susana Cecílio

Artista de variedades! Agradece à matemática a descoberta do teatro em 1998.

É fundadora e directora artística d’A ALGURES, onde também é actriz, clown e narradora. O gosto pela palavra e pelas histórias levou-a a criar um festival chamado ESCUTADORES. Na criação de espectáculos, a costura dramatúrgica dos elementos plásticos, literários e corporais é um dos lugares que mais a fascina. Licenciou-se em Motricidade Humana e é mestre em Estudos de Teatro pela FL-UL com a tese “Dramaturgia do Corpo” (2009). Actualmente, é directora artística do TEM GRAÇA - Festival Internacional de Mulheres Palhaças e integrante da União de Palhaças em Portugal - UPP.

A Algures

Fundada em 2008, A ALGURES é uma associação cultural que tem o clown, o Teatro e a narração oral na sua génese, sendo capaz de se estender por diversos lugares. Tem como missão transformar vivências individuais em experiências alegres e profundas, comportando toda a complexidade trágico-cómica da vida. Algures é este lugar da partilha. Um espaço-tempo de vivência comum onde a criação de narrativas atravessa todas as criações e a lógica das programações. Desde a sua fundação, almeja juntar artistas de várias áreas para a criação de um objecto artístico comum capaz de comunicar e abarcar as contradições da vida contemporânea. Aposta em novas dramaturgias, convidando jovens dramaturgas para a escrita de textos para as suas criações. Procura visibilizar o trabalho de artistas através de um podcast chamado DOU A MINHA PALAVRA, além de programar o TEM GRAÇA - Festival Internacional de Mulheres Palhaças e o ESCUTADORES, um ciclo de narração oral no seu território-sede.