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Sinopse
Corpos da Desobediência é uma instalação-performance que nasce de um trabalho de investigação sobre as relações entre género, saúde mental e performance.

Com base em entrevistas a mulheres diversas e em recolhas audiovisuais, o projecto observa como normas e mandatos de género atravessam os corpos, produzem tensões na vida interior e os tornam campo de disputa.

Na performance, pesquisamos uma relação activa com quem assiste, experimentamos gestos que emergem das margens e reescrevem o que se toma por “normal”, “adequado” ou “funcional”.

Que corpos nos pedem? Que corpos podemos e queremos performar?

A proposta é guiada pelos testemunhos recolhidos e por um arquivo em construção que se activa no corpo. No final, conversamos com o público para pôr em comum perguntas, afinar linguagem e reivindicar politicamente a noção de desobediência.

Ficha Artística

TÍTULO COMPLETO

Corpos da Desobediência. Uma Trama entre Género, Saúde Mental e Performance

EQUIPA DE INVESTIGAÇÃO

Investigação, Instalação e Performance a solo - Pepa Macua

Construção de Marioneta - Sandra Neves

Criação Audiovisual e Recolha de Imagens de Arquivo - Leandro Valente

Consultoria - Joana Pupo e Juan Fresina

Construção de Marioneta - Sandra Neves

Criação Audiovisual e Recolha de Imagens de Arquivo - Leandro Valente

Edição Vídeos documentais - Leandro Valente e Pepa Macua

Comunicação- Catarina Sobral

Produção - Mente de Cão - Associação Cultural

Parcerias - Eu-Fémias Associação Cultural, Polo Cultural Gaivotas e Biblioteca de Marvila

Biografia

PEPA MACUA

Artista cénica, educadora, investigadora e gestora cultural argentina, residente em Portugal desde 2018. Comunicadora Social com especialização em Processos Culturais pela Universidade Nacional de Entre Ríos (UNER, Argentina). Completa a formação profissional em Circo Contemporâneo no Centro de Artes Circenses e Urbanas da cidade de Santa Fé (AR), especializando-se em equilíbrios e aro aéreo. Desde 2014, forma-se em Antropologia Teatral e trabalha em Teatro com a encenadora Ana Woolf, colaboradora do Odin Teatret. Entre 2016 e 2017, é artista residente na Escola Nacional de Circo do Rio de Janeiro (BR).

Em Portugal, é co-fundadora da Companhia Mente de Cão (2020), que tem como eixo a tríade criação-investigação-formação em Teatro Físico, onde co-criou e interpreta “A Gravidade de Um Pássaro” (2021) e “Ensaio para a Desordem” (2023) e colaborou com estreias como “Todas as Coisas Extraordinárias” na direcção de Movimento e na co-encenação de “Curupira Ternura Selvagem” (2025). Desde 2021, produz e programa, em Lisboa, com outras cinco artistas, o Festival Eufémia (2021-2023-2025), de carácter internacional e na área das Artes Performativas, com um foco em peças com perspectivas de Género e Identidades. No âmbito deste colectivo, coordena a residência artística com mulheres da comunidade que moram ou trabalham em Marvila, onde encenou “Deixa-me falar!” (2023) e “Deixa-me lembrar…” (2025), apresentados no Auditório da Biblioteca de Marvila, em Lisboa.

É professora de teatro físico e encenadora de grupos de pessoas com experiências de doenças mentais graves na Associação GIRA (Grupo de Intervenção e Reabilitação Activa).
Trabalha com diversas companhias como co-criadora, encenadora, intérprete e directora de movimento. De entre as mais recentes, destacam-se: com a CEM Palcos (Viseu), co-criação e interpretação de “GRITO”, uma peça de dança-teatro baseada em entrevistas a mulheres nas aldeias, com a bailarina Mariana Silva (2023); co-criação e interpretação de “Facas e Flores”, uma peça de máscaras e teatro de objectos com a direcção artística de Patrick Murys (2024); com a Mochos no Telhado (Viseu), co-criação da peça “Mãe” (2024); e encenação de “Era uma vez uma linha de fronteira” (2025). Actualmente, está a iniciar um trabalho de co-criação com Patrick Murys, na CERCIAV — Cooperativa para a Educação, Reabilitação, Capacitação e Inclusão de Aveiro, no âmbito de um projecto de mediação artística dirigido pela 4is – Inovação Social, “Da Terra À Boca”, através do trabalho com marionetas.